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Apesar de um último lançamento bem fraco, o trio Nova-Iorquino We Are Scientists tem um passado que não deixa dúvidas quanto a sua qualidade. Com quatro álbuns e o mesmo número de EPs lançados em pouco mais de uma década, a tríade acumula sucessos em uma época prolífica no Indie Rock, em uma época que se destacar era incrivelmente difícil exatamente por existirem tantas bandas se aventurando dentro do mesmo gênero e lançando sons que esteticamente eram bem parecidos.
Contextualizando os primeiros anos da banda, ela tem suas raízes no começo de 2000, quando surgiu com esse nome em homenagem a faixa We are Scientists! da banda Emo Cap’n Jazz e em meio ao tempestuoso começo de década gravou seu primeiro álbum, Safety, Fun, and Learning (In That Order) (de 2002), que passou batido no universo Indie Rock que festejava o aparecimento de bandas, também nova-iorquinas, como The Strokes, Yeah Yeah Yeahs, Interpol e outros sucessos que na época ficaram marcados como os “salvadores do Rock”.
Foi só mesmo no segundo boom do Indie Rock (dos anos 2000), em 2005, que a banda atingiu real sucesso e a partir daí por muitos momentos da sua carreira chegou a margear o sucesso no mainstream. Dividindo turnê como bandas como Mystery Jets, Arctic Monkeys, Maxïmo Park e Art Brut, os norte-americanos com som tipicamente inglês se tornaram amplamente conhecido por seu maior sucesso, até agora, o álbum With Love and Squalor, produzido por ninguém menos que Ariel Rechtshaid (que hoje em dia você deve conhecer por ter trabalhado Haim, Vampire Weekend, Sky Ferreira, Active Child, Charli XCX e outros tantos nomes).
Mais dois álbuns recheados de ótimos singles seriam lançados em 2008 (Brain Thrust Mastery) e 2010 (Barbara), seguido por diversas mudanças de membros e um sumiço após o seu último lançamento ainda não explicado pelos seus integrantes. A recente volta com o EP Business Cusual foi decepcionante, uma obra bem abaixo do que se espera de um grupo com tal reputação como a do We Scientists. Ainda assim, um grupo com tanta qualidade certamente irá se redimir um trabalho futuro.
Dito isso, vamos mais uma vez passear pela carreira do trio pinçado destaques de sua carreira e eleger cinco faixas que exemplifiquem a musicalidade hibrida entre Indie Rock, Post Punk e Rock Alternativo que fez do grupo um dos mais bem sucedidos da década passada.
Nobody Move, Nobody Get Hurt
Primeiro single bem sucedido do trio, a faixa foi lançado como primeiro aperitivo de With Love and Squalor, que chegaria às prateleiras dali a alguns meses. Impulsionando o sucesso do trio dentro e fora do meio alternativo, a canção foi escolhida para estreia televisava do grupo no Late Show with David Letterman.
The Great Escape
Segundo hit do grupo, a faixa é um dos melhores de como suas canções funcionavam bem nos palcos, fones ou nas pistas de danças. Também tirado do segundo álbum do trio, o single foi um dos responsáveis por aumentar ainda mais a fama do grupo na época do lançamento.
After Hours
Lançado em 2008, este é talvez o single do grupo que mais fez sucesso. Parte de Brain Thrust Mastery, a faixa foi parar também na trilha sonora de Nick and Norah’s Infinite Playlist, estrelado por Michael Cera and Kat Dennings.
Tonight
Faixa do terceiro álbum, Tonight é uma das canções que impressionava ao vivo e nesta época o trio já tocava em grandes festivais como The Great Escape Festival, Oxegen Festival, Glastonbury Festival, T in the Park, Reading e Leeds, além das turnês norte-americanas, uma delas, acompanhando o Kings of Leon durante a tour do Only by the Night (disco de maior sucesso dos irmãos Followill).
Nice Guys
Por mais que tenha saído sem provocar tanto alarde, Barbara, disco de 2010, manteve a mesma qualidade das produções anteriores do trio e até mesmo voltou para o som mais cru e dançante de seu debut. Um dos pontos altos deste álbum é Nice Guys.
