Não é de hoje que artistas australianos tem ganhado destaques em nossas páginas. Seja o Tame Impala, Pond, The Preatures, The Paper Kites, The Laurels, San Cisco e tantos outros nomes que já passaram por aqui, o país tem sido responsável por fomentar cenas incríveis e cheias de bons representantes. Diferente de todas estas outras bandas já citadas, o Ginger and The Ghost tem uma sonoridade que brinca com o Pop de forma etérea, quase da mesma maneira que a New Age fez há quase 30 anos.
Com um som que alguns consideram como participante da Dark Wave, o grupo parece na verdade abraçar uma gama de estilos que passeiam entre o Indie Pop, New Wave e Pop Experimental que os coloca ao lado de artistas que tem um som quase inclassificável – entre eles, gente como Bjork, Bat For Lashes e The Knife. Ainda assim, a música do duo Missy e Daniel consegue romper a barreira do “esquisito” para se tornar algo bem acessível.
Ginger And The Ghost – The Red Balloon
Combinando os vocais etéreos (que às vezes soam infantis) de Missy à dinâmica instrumental de Daniel ao seu violão, e é claro a produção cheia de camadas e efeitos, o duo consegue obter um resultado fascinante, que exala a fantasia e a mística na qual se inspiram.
Como você bem pode ver, o visual é uma parte importante na arte do duo. Com clipes, cenários, shows e fotos de divulgação extremamente chamativos, bem como apresentações performáticas, a dupla chama atenção não somente pela sua música, mas por todo o conjunto que a cerca. E vale à pena dizer que foi esse o grande diferencial que os fez chamar a atenção em suas apresentações teatrais no SXSW e CMJ deste ano.
Formado em 2012, o duo não soma mais que quatro faixas e um EP lançado entre o ano passado e esta, mas promete um álbum repleto de faixas inéditas já para o ano que vem.