The Whip – Festival Gig Rock

A noite mais animada e dançante do evento foi repleta de sintetizadores e batidas pulsantes

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Nota: 4.0

Essa foi a noite mais dançante do Beco Gig Rock 2012: The Whip botou todo mundo pra se mexer com seu Dance Punk inglês de primeira qualidade. Mesmo a banda não sendo muito conhecida em território nacional, já se via muita ansiedade nas filas e, dentro da casa, já começava a se criar o clima para o show com a Hatchets.

Os paulistanos foram escalados para aquecer o público e, com um set de duração média, o quinteto conseguiu empolgar bastante quem já estava no local. O misto de Rock e música feita para as pistas criou um combinado interessante que juntava as guitarras suingadas, percussão frenética e sintetizadores que de vez em quando nos davam a impressão de voltar para as raízes do Synthpop dos anos 80. Missão cumprida: quando o show acabou, muita gente já tinha dado seus primeiros passos na pista e já estava aquecida para a performance que viria em seguida.

A intensa apresentação do trio inglês começou e se manteve animada até o fim. Abrindo a noite com Sister Siam, a banda já mostrava o misto entre o som repleto de sintetizadores comandados pelo guitarrista e vocalista Bruce Carter, o baixo pulsante de Nathan Sudders e a bateria agitada de Fiona “Li’l Fee”. Um dos grandes hits da banda foi tocado logo em seguida: Divebomb, recebida com muita festa logo aos primeiros toques do sintetizador.

A partir daí, a banda começou a interagir mais com público dando aquela famosa saudação e perguntando o que estavam achando o show. Nathan, mesmo sem microfone, comandava a plateia pedindo para todo mundo levantar as mãos ou simplesmente ficar pulando. Bruce conversava de vez em quando, agradecendo e se certificando que todos na casa estavam curtindo a noite.

A terceira música do trio trouxe um momento interessante, quando as canções totalmente baseada nos sintetizadores deram espaço ao misto Indie Rock inglês com Dance Punk americano guiado pela guitarra de Carter. Keep Or Delete faz parte do segundo disco da banda que deixa os sintetizadores como segundo elemento, mas ainda os usa bastante, o que faz uma grande diferença nos shows marcando momentos bem distintos entre os dois álbuns.

A apresentação continuou mesclando muito bem os discos em um setlist impecável. Os hits Shake, Movement, Blackout e Muzzle #1 estiveram presentes e foram recebidos com muita festa pelo público. Trash fechou a empolgante noite com o que parecia uma versão estendida de uma música de mais de seis de minutos. Saindo um a um, os integrantes da banda saudavam o público que respondia bem animado e que esperava pelo bis que, infelizmente, não aconteceu.

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ARTISTA: Hatchets, The Whip
MARCADORES: Beco 203 SP

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts