Tantas Coisas com Camila Garófalo

Cantora comenta shows que viu, o que faz um disco bom e filmes preferidos

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Fotos: Federico Gomez

Toda semana, o Monkeybuzz conversa com alguém para entender mais do seu trabalho e da sua música através das coisas que compõem sua vida – sejam discos, faixas, outras bandas ou o que quer que tenha ajudado a moldar sua estética e criatividade.

Três perguntinhas, sem enrolação, para…

Camila Garófalo

Que show (de outro artista ou banda) mais te deu vontade de estar no palco fazendo sua música?

Selvática – Karina Buhr. Eu já era doida por ela fazia tempo, mas, depois do lançamento recente no SESC Pompeia, transcendi por três dias. Outra mina tenebrosa no palco é a Ana Morena, baixista da Camarones Orquestra Guitarrística. Ela também me inspirou muito com sua performance na Choperia do SESC. Por fim, tem a Lorde. Nunca estive em sua plateia, mas já nos vídeos dá pra sentir sua energia. Ela vai pra cima, canta com o estômago e nos faz sentir cada palavra. Pra mim, estar no palco é isso: explodir”

Para você, o que faz um disco ser bom?

“Eu gosto da letra, da sonoridade e da mensagem. Todo disco tem um conceito que deve estar bem amarrado. Um disco é um livro, conta uma história. Tem começo, meio e fim. Cada instrumento é um personagem e a mistura deles é o elenco. Pra mim, o segredo para um bom disco é construir um enredo polêmico, que tenha algo de diferente e de relevante a ser dito. Um bom disco não toca apenas música, toca filosofia”

Quais são os seus filmes favoritos?

“Agora você me pegou, porque são muitos. Sou cinéfila e gosto também de trazer referências do cinema para a música. Por exemplo, Tim Burton com A Noiva-Cadáver e suas animações sombrias. Inclusive, a minha música O Velho foi assumidamente inspirada nos filmes dele. Gosto muito do Lars Von Trier em O Anticristo e Ninfomaníaca, que também me inspiram a escrever por conta da sua mensagem sinistra. E ainda Tarantino com seus frenéticos Cães de Aluguel e Pulp Fiction, Bergman com seu profundo Persona e Kubrick com seu pavoroso O Iluminado. Ah! Não posso esquecer de falar do Jodorowsky com o desconstruído El Topo e Santa Sangre. Em tempo: Wim Wenders, com seu apocalíptico Até o FIm do Mundo. Ufa”

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MARCADORES: Tantas Coisas

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.