Isso mesmo que diz aí em cima: Moonchild trabalha influências do Neo-Soul e Jazz “sob medida”. É uma música distante daquele preenchimento volumoso de muitos timbres que referências desses estilos podem trazer para alguns, preferindo se concentrar em um tal “menos é mais” encorpado – mas um tanto discreto, ainda assim.
Vindo da metropolitana e diversificada Los Angeles, o trio acumula um portfólio de respeito, com direito a colaborações com Jill Scott, Syd, Matt Martians (ambos do grupo The Internet) e até mesmo com o mestre Stevie Wonder, além de dividir palco com Robert Glasper, Laura Mvula e Tyler, the Creator, entre tantos outros.
Não é difícil entender de onde vem tantas portas que se abrem para Moonchild. O vocal de Amber Navran esbanja personalidade, a já mencionada cama sonora moderada faz com que o som nunca seja cansativo e as próprias escolhas estéticas fazem discos amigáveis, que você pode colocar pra tocar em diversas situações e todo mundo deve curtir.
Seus três discos lançados (o mais recente, Voyager, é de 2017) chegam como belas dicas para quem tem acompanhado essa música contemporânea que segue as linhas jazzísticas e apadrinhadas pelo Soul, como alguns nomes que passaram recentemente pelo site (como Alfa Mist, Yazmin Lacey e Bruno Bruni, só para citar os últimos).