Ryley Walker desembarca no Brasil neste fim de semana pela primeira vez para show em São Paulo, como atração de evento promovido pela marca Jim Beam. E o músico norte-americano chega em um momento interessante, não só por ter dois discos excelentes lançados, mas por já ter seu terceiro álbum com data de estreia marcada para agosto.
“O show no Brasil terá novidades”, contou ele ao Monkeybuzz por telefone, após comentar que vir ao país “é um sonho que se torna realidade” – “sempre quis ir, desde que era garoto e ouvia Caetano Veloso”.
Segundo Walker, o “novo disco tem músicas feitas na estrada”, faixas “com muito significado, algumas bem humoradas” e gravadas durante o último natal, durante uma pausa na turnê de promoção do belíssimo Primrose Green.
Ele contou também que as composições presentes em um álbum “costumam ser escritas em um mesmo período, acabam contando uma fase da minha vida” e que “existe uma narrativa linear através do tempo em cada lançamento”.
Ao ser perguntado por uma certa nova direção em seu som – aparentemente ainda mais cru do que nos discos anteriores -, Walker comenta que isso “tem a ver com crescer, com ficar mais velho” e com ser mais experiente. “Eu não acho que eu calcule as produções para ficarem de tal jeito, é uma questão de tentativa e erro”, revela, “aquilo que eu não gosto para um disco pode ser diferente no próximo, eu posso não querer instrumentos de sopro hoje e amanhã usá-los”.
Enquanto o 19 de agosto não nos traz Golden Sings That Have Been Sung, podemos perceber esse amadurecimento pelas duas faixas já lançadas e pelas que ouviremos no domingo em São Paulo. “No fim das contas, quero que as pessoas encontrem verdade na música, que as pessoas compartilhem a experiência humana presente na música”, diz Walker, “é o que tentei atingir neste disco”.
