É do ser humano entender as classificações da passagem do tempo como delimitações de fases – quando te pergunto “como foi seu dia?”, entendo aquela unidade de medida de 24 horas como um capítulo específico que se encerra, e, quando desejo “boa semana”, saúdo um novo ciclo prestes a começar. Foi bem ali quando fevereiro se despedia que Solange anunciou que, dentro de poucas horas, assim que desse a meia-noite lá em seu fuso horário, março teria seu início marcado pelo lançamento de When I Get Home.
Se o anúncio foi uma surpresa, o álbum já estava sendo aguardado há algum tempo. Na verdade, desde que A Seat at the Table se mostrou como um dos grandes discos desta década, começou uma grande comoção ao redor de seu próximo lançamento. Houve até uma expectativa gerada por uma fala da própria cantora, que sinalizava até um período previsto para que ele saísse, mas, como dizem, as coisas acontecem na hora certa.
Solange assina composição e produção de When I Get Home, que conta com colaborações com gente do naipe de Tyler, the Creator, Panda Bear, Sampha, Steve Lacy e até Pharrell. São 19 faixas emendadas umas nas outras, sendo cinco delas interlúdios entre canções naquele jeito Solange que conhecemos bem, trabalhando um som retrô em uma pegada absolutamente contemporânea. Mais do que nunca, a ideia era exatamente essa, um retorno àquilo que ela cresceu ouvindo e, agora, faz tão bem. Para isso, diversos eventos acontecerão neste domingo, 03 de março, em sua cidade natal (Houston, no estado do Texas) para celebrar o lançamento do disco.
Já aqui no Brasil, ficamos com um Carnaval inteiro para aproveitar cada um dos 39 minutos de When I Get Home, uma obra que deve marcar o feriado, o fim do verão, o mês, o ano, a década ou qualquer outra unidade de medida de tempo que você conhecer (“geração” sendo uma delas”).
