Em Tempo: Três Trovadores Brasileiros

Phillip Long, Benjamin e Arthur Matos lançam novos discos em inglês na mesma época

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Os fãs de música Folk tem motivos extras para comemorar esta temporada de lançamentos, já que ela conta com novidades de três músicos brasileiros de uma vez. E se você gosta da sonoridade da língua inglesa, melhor ainda, já que o trio de discos vem cantados no idioma da Rainha.

São trabalhos sensíveis e donos de algumas características em comum, sem deixar de carregar os atributos individuais de cada um desses verdadeiros trovadores, poetas contadores de histórias que soam bem em qualquer língua.

Os três serão resenhados aqui no Monkeybuzz aos poucos. Enquanto as críticas dos discos não saem, conheça um pouco mais sobre estes artistas.

Phillip Long

Velho conhecido dos leitores do nosso site (e nome frequente entre os preferidos de nossa redação), o músico do interior de São Paulo (Araras) lançou na sexta-feira, 20 de junho, seu oitavo trabalho, A Blue Waltz.

Se a velocidade com a qual o músico produz (os outros sete discos foram lançados ao longo de apenas três anos) impressiona, o espanto maior vem com a qualidade com que essas obras são feitas. A inspiração da vez é The Smiths, porém ele não perdeu sua raíz no Folk, que vem agora com um clima que lembra mesmo Morrissey sem mudar em nada aquilo que esperamos ao ver o nome Phillip Long em uma música.

Benjamin

Diego Oliveira adotou esse nome em 2008, imagino que para separar seu trabalho como produtor deste projeto de música em inglês. Já vi Benjamin ao vivo três vezes e minha maior felicidade foi perceber que tudo aquilo que mais me chama atenção em seus shows está presente neste seu primeiro álbum.

Ironicamente batizado como Last, o trabalho traz o violão sempre presente para embalar a voz do baiano (nascido em Vitória da Conquista e agora residente em São Paulo) em arranjos lindíssimos e uma simplicidade que se reflete em tudo, inclusive nos nomes das faixas. Para ouvir de olhos fechados.

Arthur Matos

Com uma boa média de um álbum por ano, o cantor de Aracaju faz um som que nem sempre esperamos ouvir vindo do Sergipe. E seu terceiro disco traz uma outra surpresa, já que trata-se de seu primeiro trabalho exclusivamente em inglês.

Accidental Lights tem lançamento previsto para 25 de julho e deve agradar quem já curtia seu Pacífico Atlântico. Conheci seu trabalho há dois ano em uma apresentação voz e violão e, mesmo em um ambiente que não convidava a apreciação de uma música mais suave e intimista, ninguém que ouviu com atenção suas músicas conseguiria negar a beleza de suas composições. O novo álbum vem como resultado direto não só de sua experiência, mas também de todos os músicos estrangeiros que lhe influenciaram.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.