Tantas Coisas com Sara Não Tem Nome

Artista comentou discos que marcaram a vida, bons clipes e filmes favoritos

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Toda semana, o Monkeybuzz conversa com alguém para entender mais do seu trabalho e da sua música através das coisas que compõem sua vida – sejam discos, faixas, outras bandas ou o que quer que tenha ajudado a moldar sua estética e criatividade.

Três perguntinhas, sem enrolação, para…

Sara Não Tem Nome

Quais os discos que você mais ouviu na vida?
“Me lembro desses três discos ficarem soando em loop na minha cabeça durante semanas, meses. Eu sempre escutava In Rainbows (Radiohead) pra ir pra escola de manhã, era a trilha sonora de um momento do meu ensino médio. Com certeza, influenciou bastante as músicas do meu disco Ômega III. Eu tinha a impressão que eu poderia escutar Elliot Smith (Figure 8) a qualquer hora, qualquer situação. Faz um tempo que não escuto. Gosto de ter saudade de uma música, ou disco, pra quando colocar ter a sensação de que é uma experiência nova, perceber coisas na música que eu não tinha percebido antes. Sparklehorse (It’s a Wonderful Life) eu descobri não faz muito tempo. Quando ouvi as músicas, ví os vídeos, fiquei bem impressionada, me identifiquei muito com o Mark Linkous. Sempre que escuto é uma experiência intensa”

Para você, o que faz um videoclipe ser bom?
“Difícil essa pergunta. Acho que eu consigo falar se acho bom ou ruim vendo um clipe específico, mas falar no geral assim, eu não sei. Tem alguns clipes que tenho como referência, pela estética, montagem, orçamento, etc. Gosto muito de animações. Em Lull, do Andrew Bird, achei bem delicada a técnica de desenho e de aquarela. Sempre gostei de planos sequência, da possibilidade de desenvolver uma ideia sem cortes e que tenha fluência. No ínicio do vídeo, eram muito usados, principalmente pelas questões técnicas. Hoje em dia, quando vejo alguém fazendo me chama a atenção, como no clipe de Sugar Water da Cibo Matto. Outra coisa que me interessa é poder brincar com o tempo/velocidade das imagens como em Sunday do Sonic Youth, em que a música alterna entre o slowmotion e a velocidade aumentada acompanhando as transições da música. A união perfeita entre a música e o trabalho do artista que fez o vídeo”

Quais os seus filmes favoritos?
“Tem vários cineastas/artistas que eu gosto muito, como Harmony Korine, Werner Herzog, Miranda July, Michel Gondry, Vincent Gallo, Jonas Mekas e muitos outros. Se eu for escolher três filmes que me marcaram, são: Julien Donkey Boy (Harmony Korine), O Enigma de Kaspar Hauser (Werner Herzog) e L (Babis Makridis)”

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MARCADORES: Tantas Coisas

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.