Com novos vídeos ao vivo, Luiza Lian despede-se de primeiro álbum

Em entrevista, cantora comenta amadurecimento desde show de estreia do disco homônimo

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Fotos: Paulo Scharlach

O Monkeybuzz estreia três vídeos de Luiza Lian nesta segunda, 13 de fevereiro, e é interessante notar como eles já chegam com cara de nostalgia – não por terem sido gravados em 2015, durante o primeiro show de seu disco homônimo, mas por tudo o que a cantora e sua banda passaram nesse meio tempo. Tanto é que o lançamento vem para encerrar o ciclo do álbum e preparar terreno para uma próxima fase.

O registro da noite no Itaú Cultural, em São Paulo, traz as músicas Ônibus Lotado, Protetora, Luz da Vela e Escuta Zé (essas duas últimas juntas, em um só vídeo) da forma como incialmente concebidas e, portanto, apresentadas. “Esse disco foi pensado em banda, coletivamente”, contou Luiza ao site por telefone, “todas as bases e algumas vozes foram gravadas ao vivo. Os vídeos são o registro mais fiel desse disco, depois que as coisas foram se transformando muito”. A tal banda em questão é formada por Tim Bernardes (guitarra), Guilherme d’Almeida (baixo), Juliano Abramovay (violão), Tomás de Souza (teclados) e Charles Tixier (bateria).

Essas transformações aconteceram em parte porque a artista explica ser alguém que muda muito, sempre com vontade de tentar algo novo em seu trabalho, mas também porque as canções amadurecem por si só: “Eu componho e, ao longo do tempo em que vou cantando a música, ela vai se transformando, eu vou entendendo ela melhor. Fazendo as experiências ao vivo, você descobre todo um espectro [das canções] que, independente do formato que você cante, elas têm uma dimensão maior”.

“Eu sinto que sou outra pessoa no palco hoje do que era há dois ou três anos”, disse ela, “e tenho outras vontades em relação a shows”. Tanto é que ela lançará um disco visual que resultou de experiências com Tixier, antes de entrar em estúdio novamente para seu segundo álbum (co-produzido por ele, Tim Bernardes e Gui Jesus Toledo).

“O processo desse trabalho foi completamente diferente, ele veio de uma experiência fazendo jams e poesia”, disse Luiza, que comenta que o universo estético da obra (que virá acompanhada de site e vídeo) foi influenciado por sonoridades desde o Funk até o Trip Hop. Já o próximo álbum será uma “mistura dos dois universos”, retomando um pouco das referências brasileiras do disco de estreia com um lado mais eletrônico ao fundo. “Menos cara de banda e mais minha cara”, ela brinca.

Enquanto essas novidades não chegam, ficamos com os registros do show de Luiza Lian. Eles foram gravados por Olivia Pedroso, Amanda Amaral, Caio Nigro e Paulo Eduardo Palmério, com som do próprio Gui Jesus Toledo (produtor do disco).

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ARTISTA: Luiza Lian

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.