Nunca é Tarde para Reviver a Infância

Bandas como Pato Fu nos relembram, através de suas músicas, como reaprender algumas coisas que já sabíamos quando éramos crianças

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Nós atravessamos a infância e saímos dela, mas essa fase da vida nunca sai de nós por completo. Sem entrar em méritos psicológicos, é comum que artistas voltem aos primeiros anos de sua existência para buscar inspiração, ou mesmo revisitar temas propícios da infância para enriquecer sua obra.

E nós, fãs de música, podemos comemorar o Dia das Crianças indo além das fotos no Facebook, curtindo sons que nos transportam diretamente, de uma maneira ou de outra, para aquela época mais descompromissada e lúdica de nossas vidas. Veja nossas sugestões para sua playlist do feriado.

Karen O – Rumpus

Onde Vivem os Monstros é um filme sobre a infância, mas não é bem um filme para crianças. Dentre as músicas feitas pela vocalista do Yeah Yeah Yeahs para a trilha, Rumpus se destaca por ser apenas uma injeção de energia, como uma daquelas brincadeiras simples e sem muitas regras, tipo sair correndo do nada para qualquer lugar. É ótima para os crescidinhos se lembrarem que, com a atitude certa, os sorrisos podem vir mais facilmente na vida.

Lestics – Dorme Que Passa

Em meio às reflexões e poesia do disco Aos Abutres, a música Dorme que Passa salta aos ouvidos com uma energia parecida com a da faixa de Karen O, mas principalmente por seus ótimos versos. Como uma cantiga de ninar mal criada, ela resgata a sinceridade pura e divertida das crianças. Vale a pena ver a animação de seu videoclipe também.

Phillip Long – Little Lion From the Sea

Por falar em canção de ninar, essa faixa do álbum Atlas funciona bem como tal, independente da sua idade. A poesia narrativa e os violões pintam cenários visuais em nossa mente e garantem uma introdução ao sono cheia de beleza. Quem foi que disse que só crianças podem ter música para dormir?

M83 – Raconte-Moi Une Histoire

Imagina um sapo que você encontra no meio da selva e ele deixa tudo a sua volta mais divertido, daí você vira um sapinho também e faz milhares e milhares de amigos no mundo todo. Não faz o menor sentido para os ouvidos de um adulto, mas é o tipo de ludismo que pode deixar a vida mais leve e divertida se conseguirmos recuperar pelo menos um pouquinho dele, aquela pegada Amelie Poulain que tantos prezam. E fica o teste: Se você não sorrir com a narração da criança nesta faixa de Hurry Up, We’re Dreaming, você provavelmente não tem coração – ou não teve infância (não sei o que é pior).

Pélico – Tempo de Criança

Essa faixa curtinha do músico está presente em seu excelente Que Isso Fique Entre Nós, mas foi originalmente feita para um projeto de músicas infantis que não conseguiu sair do papel. Além da sua mensagem sobre valorizar o tempo, seus timbres divertidos e acalorados dão a dica de lembrarmos de preencher o tempo com o que nos faz sorrir.

Pato Fu – Eu (versão do Música de Brinquedo)

Falando nisso, a banda de Fernanda Takai fez um álbum (e seus consequentes turnê e DVD) utilizando brinquedos em diversas de músicas – tanto seus antigos sucessos, quanto covers de clássicos brasileiros e internacionais. Essa versão de Eu que está no DVD, acompanhada da explicação de Fernanda, nos relembra que aquilo que já gostamos e temos como bom para nós sempre pode ficar ainda mais divertido.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.