Tantas Coisas com André Faria (Aldo, The Band)

Músico comenta discos, clipes e livros que marcaram sua vida

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Toda semana, o Monkeybuzz conversa com alguém para entender mais do seu trabalho e da sua música através das coisas que compõem sua vida – sejam discos, faixas, outras bandas ou o que quer que tenha ajudado a moldar sua estética e criatividade.

Três perguntinhas, sem enrolação, para…

André Faria (Aldo, The Band)

(Veja também o Tantas Coisas com Lucas Vasconcellos, Guilherme Silva (Inky) e Lê Almeida entre outros)

Quais discos mais te influenciaram a fazer música? “Tive bastante sorte. Uma vez, pedi de presente um disco de Heavy Metal no Natal. Um primo meu então, no mesmo dia, me pegou pelo braço, levou até a galeria do rock aqui em SP e disse: ‘Nada disso. Você vai ganhar um disco bom. Esse aqui do Run DMC’. Era o Raising Hell, produzido pelo Rick Rubin. Eu enlouqueci. Não só com o disco, mas com a galeria toda. Voltei lá e torrava todo dinheiro que gastava com discos. De Heavy Metal, inclusive. O primeiro disco que escutei do Yo La Tengo foi And Then Nothing Turned It Self Inside Out. E, na verdade, não foi o disco que me influenciou, foi a banda inteira. Escutando os caras percebi que podia fazer um som mais simples, sincero, sem firulas, espontâneo, barulhento e crú. Isso mudou muito minha vida. Me fez ver a guitarra de uma maneira diferente, mais orgânica e visceral do que circense ou virtuosa. Nessa mesma época, também escutei Surfer Rosa do Pixies e um pouco de Sebadoh. E minha vida pareceu fazer mais sentido. Teve também bastante coisa Funk/Black/Jazz (baixo é meu instrumento preferido), como 8:30 do Weather Report e Kind of Blues do Miles Davis, com o Paul Chambers no baixo. A fase de música Eletrônica também foi muito marcante, até porque influenciou não só a minha vida, mas a do Mura (irmão e companheiro de banda) também. Dig Your Own Hole, do The Chemical Brothers, mudou tudo o que pensávamos sobre fazer música. Morávamos no mesmo quarto e passávamos o dia escutando em looping

Quais os seus videoclipes favoritos?
“Minha namorada é diretora de clipes, então passamos boa parte do tempo assistindo alguns. My Kind of Woman do Mac de Marco é espetacular. Os clipes do Dougal Wilson sempre chamaram a atenção, curto especialmente Love Post do Temper Trap. Os clipes do Thee Oh Sees também detonam, especialmente o de Toe Cutter com todos aqueles assassinatos. E mais um que vimos recentemente em uma reunião do próximo clipe do Aldo, The Band, do Flying Lotus, chamado Beats Around the Bush. Surreal de legal”

Quais os livros que mais marcaram a sua vida? “Um que me marcou bastante foi O Eterno Aprendiz, de um senhor chamado Shitoro Shimada, um mestre de yoga. Livros de foto pode? Ganhei um muito legal no mês passado do meu irmão e da noiva dele, com fotos de pessoas dirigindo carros. Todo tipo de gente, todo tipo de carros. É um dos mais legais que eu tenho. O último que comprei com a Cris, minha namorada, foi The Pizza Bible em Nova York, para fazermos umas pizzas em Campos do Jordão. Parece bem promissor”

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MARCADORES: Tantas Coisas

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.