Tantas Coisas com Rubel

Cantor comenta músicas de seus shows, bandas influentes e livros preferidos

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Fotos: Carolina Vianna/TrêsxQuatro

Nós já ouvimos as músicas, agora é a hora de conhecermos um pouquinho mais sobre as pessoas por trás dos discos que tanto ouvimos. No Tantas Coisas, os artistas revelam ao Monkeybuzz detalhes de suas histórias, suas carreiras e predileções, tudo sem enrolação.

Rubel

(Três anos após o lançamento de Pearl, o músico carioca realiza turnê de despedida do disco e desta fase da carreira em preparação para seu segundo álbum, que chega em 2017)

Quais as músicas que você mais gosta de tocar nos shows?
O Velho e o Mar e Quadro Verde, que tem um final muito épico que é a parte mais forte do show. A gente costuma terminar com ela, é quase que a conclusão de uma jornada. Esse momento é muito bom. E O Velho e Mar é a música que diz as coisas que são mais essenciais pra mim, então ela vem carregada de muito significado. Ela é meio que um salto de coragem, um empurrão, um ‘vai, se joga’. Isso é libertador”

Quais as bandas que mais te influenciaram na decisão de fazer música? “Bob Dylan é o número um, com certeza. Eu tive uma parada de pensar ouvindo ele: ‘Esse cara tá mudando a minha vida’, uma coisa que acontece poucas vezes. E eu não sabia nem dizer por que. Não sabia se era uma letra, se era a música, mas acho que ele tem uma força muito transformadora. A verdade que ele passa essencialmente é muito aguda, ela é muito radical. Ele diz: ‘O mundo é dessa forma, a gente tá vivendo dessa forma, mas não acredite no que estão te dizendo’, sabe? ‘As coisas podem ser radicalmente diferentes, você pode fazer o que você quiser’. Eu recebi muito essa porrada ouvindo ele. Tem uma coisa a ver com estilo, tem a ver com a individualidade, uma afirmação. Vou falar só Bob Dylan, ele já foi suficientemente forte”

Quais os seus livros preferidos?
Cem Anos de Solidão é meu livro preferido, Gabriel García Márquez. O Velho e o Mar, óbvio. E uma coletânea de contos do Rubem Fonseca. Eu era muito moleque quando li esse, devia ter treze ou catorze anos, e ele me despertou muito pra essa onda de contar história de uma maneira muito subversiva, que eu ainda não explorei muito, mas ele tem uma parada meio dark, provocativa e sacana, e eu comecei a escrever muito por causa dele – eu escrevi contos antes de fazer música”

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ARTISTA: Rubel
MARCADORES: Tantas Coisas

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.