Músicas que despertam qualquer ouvido para beleza, novos sons ou novas ideias, sem datas de validade. Assim é a coluna Acorde.
A cada edição, a equipe Monkeybuzz dá três dicas de faixas capazes de mudar vidas. Duvida? Experimente.
My Quiet Hearts Slight Of Hand
Antes de Foals, o vocalista e guitarrista Yannis Phillippakis e o baterista Jack Bevan eram integrantes do trio The Edmund Fitzgerald, uma banda que levava o rótulo de mathrockers bem a sério. A faixa My Quiet Hearts Slight Of Hand não me deixa mentir. Com muito de Slint, Don Cabalero e até mesmo Fugazi, o grupo não só honrava as raízes de sua principal veia estilística como ainda trazia elementos do Post-Rock e Punk – uma mistura bastante abrasiva, ainda que bem técnica. A música é um dos poucos registros do grupo que sobreviveram uma década on-line e que você deveria experimentar se é fã do Foals ou mesmo de Math Rock em geral.
(por Nik Silva)
Tom Sawyer
O maior clássico de Rush merece a fama. Aqui encontram a sincronia perfeita entre a inconfundível voz de Geddy Lee, a letra ambiciosa em formato ficcional e a percussão impecável de Neal Peart. Dar o play em Tom Sawyer é ter a sensação de estar ouvindo a história sendo feita e imaginar tudo que já se passou no mundo nos últimos 35 anos ao som desta pérola do Rock Progressivo.
(por Lucas Repullo)
Cá Pra Nós
Escondida ali no meio do primeiro álbum de Fernando Temporão, eis uma das faixas mais carismáticas dos últimos, com uma percussividade natural e cara de um Rio de Janeiro que só conhecemos de ouvir falar, de uma época que nem sabemos se de fato existiu. Mas Cá Pra Nós é isso, é uma fantasia de um baile de Carnaval lido em uma crônica antiga sendo entoada na música contemporânea. Ouça bem alto e dance com vontade.
(por André Felipe de Medeiros)
