Sky Ferreira e seus rumos Pop

Em pouco mais de três anos a cantora passou de um nome do segundo escalão para uma estrela em ascensão e que lança hoje seu primeiro disco, “Night Time, My Time”

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A esta altura do campeonato são poucas as pessoas que acompanham as novidades musicais e desconhecem por completo a breve ascensão de Sky Ferreira. Seja pela sua carreira como musicista, atriz ou modelo (ou até mesmo sua passagem por tabloides e revistas de fofoca que ficam o tempo todo em cima da garota), é quase impossível não ter, pelo menos uma vez, ouvido falar deste nome que durante os últimos anos tem ganhado cada vez mais força dentro e fora do meio underground.

Sky Tonia Ferreira, ou simplesmente Sky Ferreira, tem uma carreira que tão inconstante quanto sua própria personalidade. Começando ainda aos 18/19 anos, os primeiros passos da moça seguiam uma trilha que quem a conheceu em 2012 provavelmente nunca imaginaria. Com um viés Pop de gente como Madonna, Prince, Gwen Stefani, Britney Spears e outros tantos que faziam sucesso na época, Sky adentrou um terreno onde era simplesmente mais uma, um território onde poucos conseguem realmente se destacar e ser bem sucedidos.

O resultado disto pode ser visto em várias das demos espalhadas pela moça na internet antes mesmo de seus primeiros singles e também pelo primeiro EP da garota, As If! (lançado em março de 2011). Cinco composições inéditas e mais outras canções divulgadas na época fizeram destes primeiros passos da moça importantes para que ela ganhasse alguma notoriedade, ainda que musicalmente não representasse nada distinto do tudo mais que rolava no mundo radiofônico na época.

Se, para Sky, 2010 e 2011 foram marcados por tentativas de hits, 2012 foi o ano em que ela finalmente emplacou seu maior sucesso, Everything Is Embarrassing – chegando a aparecer em diversas publicações como melhor faixa daquele ano, incluindo a lista da Pitchfork – mas tudo isso veio graças a algumas mudanças. A mais importante delas foi a mudança de atitude da cantora, que por mais que continuasse rumando pelo mundo Pop, agora o fazia buscando ser única em um estilo onde as copias predominam. Ainda que não seja inteiramente novo ou original o que a moça fez ao rumar para o lado Alternativo do Pop foi sua melhor escolha para se estabelecer como um dos nomes relevantes nesta populosa cena.

Outro ponto importante para a fama alcançada pela moça é a mão dos produtores Dev Hynes (nome por traz do projeto Blood Orange) e Ariel Rechtshaid (este segundo, famoso por trabalhar com Haim, Active Child, Vampire Weekend, Charlie XCX e outros tantos). O primeiro resultado desta pareceria pode ser observado em Red Lips, primeiro single do que se tornaria mais tarde o EP nomeado como Ghost.

Ainda que muito curto, este EP mostrou a descendente de brasileiros se libertando das amarras radiofônicas, bem como as estilísticas – tanto que Sky brinca com Synthpop, Indie Pop, New Wave e baladinhas amenas (tudo isto em apenas cinco faixas). Mesmo que em algumas horas ela esbarrasse no que havia abandonado, o som de seu EP parece menos calculado, menos pasteurizado e de certa forma mais honesto.

Com este breve histórico, chegamos ao tão adiado e remarcado primeiro disco de Sky Ferreira, Night Time, My Time. Esperado originalmente para 2012, o álbum passou foi rebatizado algumas vezes, como Wild at Heart e I’m Not Alright, até finalmente chegar a Night Time, My Time, obra que tem estreia mundial prevista para hoje.

Voltando aos tons mais eletrônicos, em sua nova obra, Sky explora mais uma vez o que deu certo em Ghost e reforça ainda mais sua nova fase musical. Sobre esta nova obra, você pode ler amanha em uma resenha que detalhará e argumentará os pormenores de Night Time, My Time.

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ARTISTA: Sky Ferreira
MARCADORES: Conheça

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts