Revisitando Meus Clássicos: Lô Borges (1972)

No embalo do sucesso da parceria com Milton, Lô foi convidado pela gravadora para lançar um disco solo ainda em 1972 e, inspirado e prolífico, gravou, aos 20 anos de idade, seu clássico primeiro álbum; quase cinco décadas depois, ele relembra as histórias por trás do famoso “Disco do Tênis”

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Fotos: Divulgação

Revisitando Meus Clássicos é um quadro no qual os próprios músicos destrincham grandes álbuns e pérolas escondidas de sua discografia.

 

A vida de Lô Borges sofreu uma reviravolta no início dos anos 1970. Então um estudante anônimo de 19 anos que não sabia o que prestar no vestibular, o mineiro foi convidado, em 1971, para gravar um álbum com o amigo Milton Nascimento, um dos mais populares artistas nacionais da época. E não seria qualquer disco: a ideia era homenagear seu grupo de amigos, que cantava e tocava violão em uma esquina em Belo Horizonte.

O Clube da Esquina, hoje um dos mais cultuados álbuns da música brasileira, mal saiu e o jovem, aos 20 anos de idade, recebeu um novo convite da gravadora: gravar um disco solo para sair naquele mesmo 1972. Cenário perfeito, certo? Mais ou menos. Compositor estreante, Lô tinha gastado todas as composições no disco com Milton e não tinha nada em mãos.

A correria, que poderia gerar um desastre, deu fruto a um dos mais populares discos psicodélicos da nossa música, Lô Borges, o clássico Disco do Tênis – conhecido assim por conta de seu Adidas branco na capa. Ao Monkeybuzz, o mineiro conta como foi o corrido e inspirado processo criativo do álbum (“uma maluquice!”), fala sobre suas influências e as histórias por trás das composições.

 

O Disco do Tênis saiu pouco depois do Clube da Esquina, em 1972. As músicas foram compostas juntas ou depois? Como surgiu esse álbum?

Eu era um compositor meio que estreante. Para você ter uma ideia, as minhas primeiras músicas gravadas foram um pouquinho antes. Dois anos antes, eu tive “Para Lennon e McCartney”, “Clube da Esquina”, parceria com o Milton e com o Márcio [Borges, irmão], e uma outra canção, chamada “Alunar”, gravadas no álbum de 1970 do Milton [homônimo]. Essas foram minhas primeiras composições e primeiras músicas gravadas. Aí o Milton me chamou para gravar um álbum chamado Clube da Esquina para homenagear a esquina que eu ficava sentado tocando violão com meus amigos de bairro. Eu arregacei as mangas e comecei a compor, confirmando que eu poderia ser um compositor. Porque, naquelas três primeiras músicas, eu nem sabia qual o rumo eu daria na minha vida, se ia ser um compositor, se ia ser um piloto de avião, que que eu ia ser. Sei que eu tava me preparando para fazer um vestibular quando fui pro Rio gravar o Clube da Esquina. Eu passei meses morando com o Milton, compondo as músicas. Era primeira vez que eu tava entrando num estúdio. Eu era totalmente inexperiente, incipiente, começando a minha trajetória.

Foi durante a gravação do Clube que a gravadora o procurou para gravar um só seu?

Exatamente depois. O Clube saiu no primeiro trimestre de 72, foi gravado basicamente no segundo semestre de 71. Eu tinha 19 anos. Aí saiu o Clube da Esquina, o pessoal da gravadora, que nem tava botando muita fé naquela ideia do Milton de trazer um desconhecido de Belo Horizonte, adolescente, para gravar um disco, eles gostaram do resultado, gostaram das músicas e me ofereceram um contrato para fazer um disco naquele mesmo ano. Aí virou uma correria, porque eu já tinha gasto toda a minha munição de compositor no álbum Clube da Esquina, não tinha música nenhuma. Eu assinei um contrato para fazer um disco solo: Lô Borges, que poderia ter qualquer nome. Aliás, eu surpreendi a gravadora porque botei um tênis na capa e só o meu nome. Poderia ter um nome o disco, né? Não teve nem nome. Mas eu botava fé, eu estava em um momento muito inspirado da minha vida, eu tava começando minha carreira e gostando daquela ideia de fazer músicas. Só que aí foi um certo sufoco, porque parti dum zero absoluto e comecei a fazer músicas, uma atrás da outra. Eu tinha que ir para o estúdio com músicas, então era, assim, um processo muito enlouquecido.

Mesmo assim foram 15 composições, é um álbum relativamente grande.

É, porque eu comecei a compor uma música atrás da outra. Era aquele processo que já falei várias vezes: eu pegava meu violão, fazia música de manhã, meu irmão Márcio Borges fazia a letra à tarde e, à noite, a gente ia pro estúdio e já gravava. Já gravava valendo.

No estúdio, você juntou um monte de amigos, Beto Guedes, Toninho Horta, Flavio Venturini, todos grandes músicos, para participar. Como era o processo de criação?

Era uma oficina de criação, uma oficina de criação livre. Vários músicos participaram desse disco, mas eu considero o tripé principal Beto Guedes, Toninho Horta e Nelson Ângelo, que eram os caras, todos eles aqui de Belo Horizonte, que tinham participado comigo ativamente do Clube da Esquina. Eu chegava no estúdio, já estavam todos a postos esperando o que que o Lô ia apresentar hoje. [risos] Porque a música que eu gravava à noite não existia de manhã, entendeu? Era muito surpreendente tudo, uma oficina intuitiva de criação. Eu agradeço muito até hoje a todos os músicos que cooperaram com o Disco do Tênis porque eu era o mais novo de todos e as pessoas foram muito criativas.

“Vários músicos participaram desse disco, mas eu considero o tripé principal Beto Guedes, Toninho Horta e Nelson Ângelo (…) Eu chegava no estúdio, já estavam todos esperando o que que o Lô ia apresentar hoje. [risos] Porque a música que eu gravava à noite não existia de manhã”

A família Caymmi também participou, né? O Dori na flauta e o Danilo nos arranjos.

É, o Dori fez um arranjo de cordas pra canção “Faça Seu Jogo”. O Danilo Caymmi tocou flauta em algumas canções. Essas pessoas que não participaram do Clube da Esquina tavam ali no estúdio também esperando eu chegar com a música do dia. A gente fazia o arranjo na hora. Eu chegava, apresentava pro pessoal. Todo mundo, muito criativamente, se colocava à minha disposição. Eu era o compositor e ajudava nos arranjos. Por exemplo, na música “Aos Barões”, que o Alex Turner [do Arctic Monkeys] reverenciou pouco tempo atrás, eu falei: “Ô, Beto, você poderia tocar bateria nessa música e não contrabaixo. Deixa o contrabaixo com o Toninho Horta”. Então era um negócio muito louco porque guitarrista tocava contrabaixo, contrabaixista tocava bateria. Foi assim, uma oficina maluca de produção de música. E o mais maluco era eu. O pessoal fala que o disco era psicodélico. Eu era psicodélico, os outros, não sei. Eu era psicodélico porque eu tomava LSD quase todos os dias.

Isso influenciou nas composições?

Isso influenciou totalmente nas composições. Eu era bem drogado assim na época, era bem junky. Eu tomava LSD e fumava maconha.

Esse disco tem uma mistura bem brasileira em diversas faixas e muita influência de fora, essa psicodelia. Quais eram as suas influências na época?

As minha influências… Eu nem tive muito tempo de ter influências. Eu ouvia algumas coisas de Jimi Hendrix, algumas coisas de Emerson, Lake & Palmer, de Novos Baianos, de Tropicália e de Milton. Mas eu não tinha tempo de ouvir música, eu tinha tempo para compor música. Meu tempo era exclusivamente para trabalhar na composição. Nas horas mais vagas, assim, no sábado ou no domingo, eu gostava de ouvir o Tarkus do Emerson, Lake & Palmer [de 1971], gostava de ouvir o Axis: Bold as Love [Hendrix, 1967], Acabou Chorare [Novos Baianos, 1972]. Eu gostava de ouvir algumas coisas, mas não tinha muito tempo para ouvir, não, porque era muita composição o tempo todo.

Em “Você Fica Melhor Assim”, composta com Tavinho Moura, você canta “Pise no sol da manhã; Nunca depois do jantar; Limpe o sangue das mãos; Você fica bem melhor como está”. A palavra “sangue”, esse tom de espreita, uma espécie de tensão, são recorrentes no disco. Essa era ao clima da época?

Claro. A ditadura [militar] interferia totalmente na nossa vida, na vida dos cidadãos. Eu, por exemplo, tomava muita dura de polícia porque era cabeludo e drogado. A ditadura era muito autoritária. Eu não tive nenhum engajamento político até aquele momento porque eu era muito jovem. Mas durante o Disco do Tênis eu tomei muita dura da política andando na rua. Fui preso algumas vezes.

“O Caçador” e “Homem da Rua” são referências diretas a esse clima político, de repressão e vigilância?

Total. Já falei em outras entrevistas que, como eu não podia fazer uma viagem, esse disco é uma viagem interior. É uma viagem pra dentro de si mesmo, porque as ruas… “Sonho no chão; E um dia uma estrada; Um estranho silêncio na rua”. Era um estranho silêncio na rua mesmo, porque na rua não podia acontecer nada. Na rua, era tanque do Exército, polícia o tempo todo. Então as viagens eram todas para dentro, você não podia ter liberdade nas ruas. As ruas eram muito hostis, eram muito difíceis. Marcinho escreveu “O Caçador” – “No fim da noite; Eu escuto o caçador; Com seu revólver; Apontado para a lua; Ou meu cabelo” – porque a ditadura era muito ferrenha. E eram os anos mais duros, os anos [do ex-ditador Emílio Garrastazu] Médici [1969-1974], então era muita repressão.

Você teve problema com a Censura?

Nesse disco eu não tive problema com censura nem no Clube da Esquina. O Milton teve, né? Eu não tive, porque minhas músicas no Clube da Esquina, por exemplo, falavam de trem azul, de nuvem cigana. As músicas estavam mais sintonizadas numa coisa mais Flower Power. Uma coisa mais Woodstock, mais de liberdade. Não de confrontar a ditadura pessoalmente. Mas confrontava esteticamente.

Por meio dessa mistura de Woodstock com ritmos bem brasileiros? “Não Foi Nada” é um forrózinho psicodélico tocado ao piano.

É, é uma composição que eu acho que, mesmo que na época eu não conhecesse muito o trabalho do Hermeto [Pascoal], é meio Hermetopascoaliana. É uma letra super enigmática que eu mesmo fiz. “Sonhei que eu nunca existi; E vi que eu nunca sonhei”.

E o que quer dizer?

Quer dizer que eu sonhei que eu nunca existi e vi que eu nunca sonhei. [risos] Então eu existi. A segunda frase é uma negação da primeira. Significa que eu existi, eu não estava sonhando. Por isso eu coloquei o nome “Não Foi Nada”.

“Foi assim, uma oficina maluca de produção de música. E o mais maluco era eu. O pessoal fala que o disco era psicodélico. Eu era psicodélico, os outros, não sei. Eu era psicodélico porque eu tomava LSD quase todos os dias”

Essa onda psicodélica fica bem forte no meio do disco. “Pensa Você” é uma música breve, menos de 1min30, seguida por rocks instrumentais [“Fio da Navalha” e “Calibre”] ligados por uma vinheta [“Pra Onde Vai Você”] de 38 segundos. Quando você fala em “coisa meio maluca”, está falando disso? Era intencional ou foi o processo criativo que se desenrolou assim?

Já era intencional, das influências que eu tinha. Eu tinha o disco de Woodstock que eu ouvia bastante, todas essas influências que eu falei. Eu e o Marcinho, meu irmão, a gente sabia de cor o disco Tarkus, por exemplo. A gente sabia todos os solos do Keith Emerson. E o Axis: Bold as Love pra mim era uma aula de composição, de psicodelia, de como compor e trazer efeito sonoros interessantes. Esse Disco do Tênis é o meu disco mais ousado. Aliás, quase para a decepção da gravadora. Porque a gravadora, quando fez o contrato comigo, esperava que eu fizesse novos girassóis da cor do seu cabelo, novos trens azuis, novas paisagens da janela e eu saí para uma coisa totalmente non sense.

Havia uma pressão, digamos, mercadológica por um disco mais pop?

Não. Eles não me cobraram nada, eles só ficaram com o olho arregalado por apresentar só música maluca. [risos] O meu filho, que tem 21 anos hoje, quando ele tinha dez anos, perguntaram para ele: “O que você acha do Disco do Tênis do seu pai?”. Aí ele falou assim: “São coisas malucas de lugares distantes”. [risos]

Faz sentido.

Faz o maior sentido. A melhor definição que ouvi do Disco do Tênis foi do meu filho com dez anos de idade.

Essa coisa de lugares distantes… O disco cita mato, amigos, juventude sonhadora, assuntos já abordados no Clube, em especial em “Faça Seu Jogo” e “Aos Barões”. Elas falam do seu cotidiano em Belo Horizonte?

Olha, eu não sou letrista nem era letrista. No Clube não tem nenhuma letra minha, no Disco do Tênis tem umas cinco. “Aos Barões” é minha, integralmente. Inclusive eu toco piano e faço os solos de guitarra. Muita gente acha que é o Beto Guedes, mas é meu também. O Márcio Borges escreveu “Faça Seu Jogo”, ele falava: “Jogue sua vida na estrada; Como quem não quer fazer nada; Ouça bem as vozes no mato”. Era uma coisa meio hippie mesmo. Naquele momento tinha uma vibe hippie no mundo muito forte, muito fortalecida pelo Woodstock. Agora, “Aos Barões” é uma narrativa da vida que eu tinha em Belo Horizonte. “Uma rua; Um buraco; Ficam sentadas umas pessoas; E eu fico vivendo com elas; E os outros olham pra gente; Como se a gente fosse gente; E a gente fica esperando; Uma coisa; Que eu não sei o quê”. Hoje eu sei o que que a gente ficava esperando.

O quê?

Era maconha mesmo. [risos] Todas as músicas que foram feitas no piano para o Disco do Tênis foram feitas em menos de dez dias porque a casa em que eu morava no Rio não tinha piano e eu queria fazer algumas coisas no piano. Eu vim a Belo Horizonte e, em uma semana, eu compus “Aos Barões”, “Faça Seu Jogo”, “Não Foi Nada”… As outras todas foram feitas no Rio mesmo, que era o lugar em que eu morava e gravava.

“Como o Machado” retoma o tom melancólico. “Por que ando triste eu sei; É que eu vivo na rua” ou ”A verdade é negra, eu sei; E o homem é mau”. Isso contrasta muito com toda a questão do dos sonhos, né? De esperança. Você tinha mais esperança ou mais medo em 1972?

Cara, eu sentia mais incômodo com a ditadura. A letra de “Como o Machado” aponta exatamente nesse sentido. “Por que ando triste eu sei; É que eu vivo na rua”. Por que que eu tô triste quando ando na rua? Porque a rua era repressão. A rua era polícia, a rua era falta de liberdade. A rua era a ditadura. “A verdade é negra, eu sei; E o homem é mau”. O “homem mau” era o ditador de plantão, era a ditadura em si. Essa música é a história de um adolescente acuado, que não podia sair nas ruas. Se eu saísse na rua, saía triste porque a polícia ia me abordar, ia encher meu saco. Como encheu várias vezes, não só no Rio como em Belo Horizonte. O pessoal acha assim: “Ah, você é o cara que ficava sentado tocando violão na esquina, na esquina lá da Rua Paraisópolis com a Divinópolis”… Quinhentas vezes eu tive que sair correndo com o violão porque tinha um camburão.

E você não estava fazendo nada de errado.

Nada errado. Tava só tocando violão na esquina. Aí tinha que pular o muro na casa do vizinho pra polícia não me abordar. Eu e mais umas cinco ou seis pessoas ficávamos sentados na esquina. Que não eram.. Às vezes tem uma imagem meio estereotipada de que na esquina ficavam sentados eu, Beto Guedes, Flavio Venturini, Toninho Horta, Milton Nascimento… Não. A esquina era uma realidade minha, da minha vida, e quem ficava sentado nela era eu e meus amigos de quarteirão. Não tinha nenhum artista desses que ficaram conhecidos como “Clube da Esquina”. Ficavam sentados ilustres anônimos que jogavam pelada comigo, futebol na rua, faziam festinhas à noite e eu era quase que um animador da turma porque era o único que tocava violão.

Você era o artista?

O artista anônimo também, que eu não era famoso, mas era o único que tocava violão, então eu contribuía bem para as nossas festinhas serem mais animadas. A gente tocava muita coisa de Chico Buarque, de Tropicália, Tom Jobim… e Beatles. Muito Beatles. Os Beatles foram determinantes pro começo da minha carreira, sempre fui fã. Atendendo a pedidos, eu só tocava Beatles pra eles. Aí, quando eu queria tocar alguma coisa da minha cabeça, eu tocava Chico Buarque. Do primeiro disco do Chico Buarque [Chico Buarque de Hollanda, 1966] eu tocava várias músicas. Mas o pessoal gostava mais era de Beatles mesmo.

Juscelino Kubitschek e Clube da Esquina (foto: Juvenal Pereira)
Dupla melódica: Milton e Lô, no Estúdio Odeon (foto: Cafi)

Em 2017, você fez uma turnê de 45 anos do álbum. Quando você olha para esse disco hoje, o que mudou do Lô estreante de 72 para o veterano de 2020?

Ah, o que mudou foi que o tempo passou. Eu era um adolescente, hoje eu sou um senhor. [risos] Ainda bem ativo. Tem uma coisa que liga aquele momento com o momento de hoje da minha vida: sou um cara totalmente aficionado pela composição. Eu me apaixonei pela composição na época e até hoje sou apaixonado pela composição. No último ano e meio, eu fiz dois discos de inéditas, compus vinte músicas – dez com o Nelson Ângelo, dez com o Makely Ka – e, antes da pandemia, eu compus quatro músicas com o Marcio Borges, parceiro que fazia tempo que não compunha. A gente vai fazer [um álbum] para 2021, depois da pandemia.

Se não fosse a pandemia, já estaria em estúdio?

Já. Essas quatro eu já gravei, sou muito rápido para compor. Eu componho e no outro dia já estou marcando estúdio, já gravo. Acho que foi muito determinante eu ter feito o Tênis quando eu era um adolescente para o que veio a ser minha vida de compositor nos anos 2000. No século 21, eu compus pra caramba, fiz seis discos de inéditas. Estava partindo pro sétimo e veio o coronavírus. Aí eu fiquei meio quietinho dentro de casa – porque tem que ficar em casa – e deixei o violão meio de lado. Fui cuidar de outra coisa, de leituras, de ver cinema. Eu parei um pouco de compor. Já perguntaram “E sua quarentena, tá criativa?”. Não, a pandemia não me inspirou em nada.

Pois é. Lô, muito obrigado por ter tirado um tempo no meio dessa reflexão para falar conosco.

Foi muito legal falar com você também. Acho que gostei do que a gente conversou. Escuta o Dínamo, de 2020, tá lá [no streaming] inteiro. Grande abraço.

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ARTISTA: Lô Borges