Uma boa pedida para quem conferiu a primeira performance da cantora Mallu Magalhães em 2008 no Planeta Terra Festival é rever a cantora nos dias de hoje. Na época, Mallu atravessava a adolescência aos seus plenos 16 anos recheados de influências do Folk e de sua infância. Com boina, cabelo acima do ombro e timidez na fala, ela cantava sobre as descobertas do amor e balbuciava versos em inglês.
Quatro anos depois, e chegando ao seu terceiro álbum, a jovem mostra um novo momento em sua vida desde o lançamento de Pitanga. A garota tomou um ducha gelada de brasilidade e firmou enlances românticos com o grande músico Marcelo Camelo, que serviu também de ótima influência a partir daí para sua crescente e mais desenvoltura e confiança em si, seu som e apresentações em palco.
Baseado em seus shows novos de seu disco disponibilizado em 2011, a paulista se porta de maneira mais leve e consciente do que amedrontada ou condicionada, sem perder seu jeito próprio e simpático, interagindo com o público à sua maneira doce. Mallu, que permanecia sempre sentada ou empostada em frente ao microfone, agora solta os cabelos, solta os quadris, toca guitarra e teclado e parece ter se encontrado dentro de seu próprio eixo musical, que traz versões bonitas e agradáveis ao seu público.
Uma das variáveis mantidas pela cantora é a inserção de covers inusitadas durante seus shows, mas de alguns anos pra cá com um toque cada vez mais tropical. Se você é um fã da cantora da época da velha guarda quando a gaita e o banjo eram a maior atração, se deparará com uma nova mulher que embora tem ficado cada vez mais velha, não decepciona por também ficar louca.