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“Os Hipsters também amam” e prova disso é o primeiro disco da Magic Wands, a dupla de Los Angeles que fez de Aloha Moon o que eles chamam de “Lovewave”. Basicamente, este é um disco Pop que traz influencias do Dream Pop, de alguns momentos dos anos 80 e até um pouco de Shoegaze, mas o ingrediente mais importante dessa mistura é o amor.
Se um grande problema de duplas desse estilo é preencher os espaços com muita programação eletrônica ou com teclados, a Magic Wands prefere fazer isso de uma forma mais roqueira, com guitarras que os diferencia de 90% dos artistas do gênero. São elas que ajudam a banda a afastar a tag Bedroom Pop que é tão comum nesse tipo de som – além do quê, a música do duo não foi feita pra dormir.
A banda surgiu em 2008 junto com um monte de outras que tinham essa linha pop como, Sleigh Bells e The Ting Tings, e produziu dois EPs nos seus primeiros anos de vida que foram muito bem com o público e com a crítica. O duo sumiu por quase três anos, quando anunciou em seu site em 2012 que estava trabalhando em um projeto novo e já lançou o primeiro single, Space.
Quase metade das músicas de Aloha Moon já haviam sido apresentadas nos EPs, caso da sonhadora Teenage Love (que ganhou uma versão melhorada no disco), que lá em 2009 já fazia embalava o amor de muita gente; Black Magic também saiu deles e é uma das músicas mais poderosas do álbum, com suas guitarras barulhentas e distorcidas e a sexy voz de Dixy Valentine.
Warrior faz parte das músicas inéditas do disco e vem com uma batida marcante, lembrando em alguns momentos um misto de Dream Pop com Electro Indie; com um ar de Shoegaze, Crystal traz um duelo de guitarras que variam do sublime ao caos. A música que dá nome ao álbum também o abre e traz um clima praiano e calminho que destoa bastante das outras do disco.
Essa roupagem mais roqueira deu uma nova identidade ao som da banda, que, de certa forma, parece mais madura, mas a fofura demais pode soar meio enjoativa. Diferente, porém igual, Aloha Moon é um disco de Dream Pop que, ao mesmo tempo em que foge de alguns elementos do estilo, explora muitos outros.
