Resenhas

Maya Jane Coles – Comfort

Produtora lança primeiro álbum sob seu próprio nome reunindo boas qualidades da Eletrônica britânica nas últimas décadas

Loading

Ano: 2013
Selo: I/AM/ME
# Faixas: 12
Estilos: Eletrônica, Deep House, Dance
Duração: 51:15
Nota: 3.5
Produção: Maya Jane Coles
Itunes: http://clk.tradedoubler.com/click?p=214843&a=2184158&url=https%3A%2F%2Fitunes.apple.com%2Fbr%2Falbum%2Fcomfort%2Fid65085290

Imagino que cada fã de música tenha uma relação diferente com a Inglaterra, tenha você já visitado o país ou não. Ao pensar nas ruas de Londres, talvez você visualize a cena Punk pelas ruas, ou The Beatles em alguma cena de A Hard Day’s Night ou até mesmo algum dos muitos grupos de música Pop comercial que aquele mercado tanto consome e exporta. No meu caso, que tenho um pé da pré-adolescência nos anos 90 e nunca visitei a “Terra da Rainha”, é a música Eletrônica que contaminou o finzinho do século 20 por ali que me vem à mente quando o assunto é o som que vem de lá.

Ouvir Comfort no repeat me fez lembrar muito daquele final de década e as muitas vertentes que faziam parte daquela cena. Com trabalhos em Dubstep (como Nocturnal Sunshine) e Dub (no duo She Is Danger), a produtora e DJ Maya Jane Coyles finca suas raízes no solo do Deep House neste seu primeiro álbum sob seu próprio nome e nos entrega um disco versátil fácil de ouvir e curtir.

Em pequenos detalhes, ele vai te remeter a diversos outros ingleses, de Everything But the Girl (em Easier to Hide) a James Blake (Dreamer), passando por Metronomy (Blame), só para citar alguns. É um trabalho que mistura faixas polivalentes (funcionam na balada, pra ouvir no carro, enquanto trabalha pensando no fim de semana ou pra quem curte dançar no chuveiro se arrumando pra sair), algumas mais de ambiente, outras mais Pop, mais Dance Music.

Logo de primeira, Whem I’m in Love, com os vocais de Thomas Knight, e o single Everything chamam a atenção por suas qualidads mais Pop (no melhor sentido do termo), mas são muitas as músicas com potencial de agradar, mesmo aquelas sem um refrão marcante e uma construção melódica mais parecida com o que vemos se dando bem comercialmente por aí.

E, no fim das contas, fica a sensação de que mais músicas como essas seriam bem-vindas na obra, porque a vibe que a maioria delas segue é a mesma, a ponto de você, mesmo após ouvir tantas vezes, confundi-las entre si.

Vale para trazer a Inglaterra, ou alguma ideia do que ela vem a ser, pra mais perto dos ouvidos.

Loading

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.