Simples assim: Se você não gosta de Gogol Bordello, passe longe de Pura Vida Conspiracy – ele não vai te fazer te mudar de ideia. Já se você curte o Punk Cigano divertido da trupe multinacional, seu entretenimento está mais do que garantido com o sexto álbum do grupo.
Pense no que seria um “som Gogol Bordello”. É bem isso que você ouve do início ao fim do disco. E enquanto alguns podem reclamar da falta de novidade, outros podem ficar tranquilos com mais combustível para as animadíssimas apresentações ao vivo com as quais a banda ficou famosa. E haja pique para dançar e cantar essas novas doze faixas, além dos hits antigos que não devem sair tão cedo do repertório de Eugene Hütz e seus comparsas.
We Rise Again traz aquela energia de sempre logo na abertura do álbum e, em quinze segundos de música, você já encontrou motivos suficientes para sair pulando como de costume. A diferença principal é que a energia aqui está um pouco mais controlada, menos explosiva. Como se ganhasse a corrida por manter a velocidade, não por atacar com picos mais altos.
Não que ele não tenha seus momentos mais enérgicos, como Lost Innocent World ou John the Conqueror, mas elas estão tão espaçadas que a sensação que fica é que Gogol Bordello optou por um trabalho um pouco mais discreto desta vez.
Prova disso é a quantidade de músicas que parecem mais focadas no coro do que nas rodas Punk, como Rainbow, Name Your Ship ou Malandrino – um dos principais candidatos a hit em Pura Vida Conspiracy.
O que fica é a certeza de que, assim como em seus trabalhos anteriores, a banda pensou em algo que seria divertido de tocar e ouvir no palco. Pena que, ao deixar de mexer no time que está ganhando, não haja chance de conquistar quem até agora não deu bola para seu som.
Gogol Bordello – Lost Innocent World
