Kate Bush não é uma estrela convencional – e isso já ficou um tanto evidente a partir de 1978, quando “Wuthering Heights” invadiu as rádios do mundo e passou um mês no topo das paradas britânicas. O vocal elástico, as influências literárias, o teor altamente dramático – uma ideia inicial do que seria Kate Bush já apareceu no hit. Mas, com o passar dos anos, essa ideia se expandiu e se incrementou, tornando-se imprevisivelmente brilhante.
Seja pelo clássico Hounds Of Love (1985) ou pelas experimentações de The Dreaming (1982) e Aerial (2005), sua discografia é versátil, cheia de personalidade e arrebatadora. A ousadia certeira se une ao domínio total da produção e o resultado é uma obra celebrada e, para sempre, influente. art pop, art rock, barouque pop, referências ao rock progressivo. São muitas as denominações associadas a Kate Bush. Ela não é uma coisa, nem outra e nem outra – e ao mesmo tempo é todas elas. Entenda os motivos que tornam Kate Bush tão única a partir de seis discos.
The Kick Inside (1978)
Atmosfera cênica, tino pop, flertes com rock progressivo – a estreia de uma jovem de 19 anos, sedenta por colocar sua voz no mundo [Resenha]
The Dreaming (1982)
Mais experimental e extravagante, quarto disco – recebido com desconfiança pela crítica na época – incrementa o “drama” de Kate Bush [Resenha]
Hounds of Love (1985)
Considerado o pico criativo da discografia de Kate Bush, quinto disco une, com brilhantismo, novas possibilidades de estúdio e narrativas densas [Resenha]
The Sensual World (1989)
Influenciada por James Joyce e pela onda “World Music”, Kate Bush cria um universo coeso e maduro, enquanto o colore com sofisticação pop [Resenha]
Aerial (2005)
Um experimento longo e poético no qual Kate Bush consegue transformar singelezas em pop de primeira grandeza [Resenha]
Before The Dawn (2016)
Um retorno triunfal aos palcos que escancara toda a grandiosidade musical e dramática de Kate Bush [Resenha]