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Anoraak é o nome dado ao projeto do produtor e DJ frânces Frédéric Rivière, que este ano chega a seu segundo disco, Chronotropic, como um dos nomes a se prestarem atenção na cena francesa. Diferente de seus conterrâneos que atingiram o estrelato nos últimos anos, o produtor não segue pelas trilhas da French House, apesar de se apegar a alguns de seus elementos formadores.
Brincando com gêneros como Discohouse, New Wave e Electro-pop, a resultante musical deste projeto é um verdadeiro resgate aos ritmos oitentistas em uma grande salada dançante que em seus quase 50 minutos pretende não deixar ninguém parado. O que consegue fazer em grande parte de sua extensão.
O problema, porém, é que ao mesmo tempo em que o álbum é extremamente bem sucedido no que se trata a ser fiel e trabalhar em cima de fórmulas já estabelecidas no estilo, ele se torna também um pastiche de tudo que já foi feito nas décadas passadas. Ou seja, você não vai encontrar nada do que já não tenha sido visto antes em outras obras, algumas melhores e mais imaginativas.
Bases e batidas eletrônicas se fundindo aos vocais formam grande parte da sonoridade do projeto, que busca misturar tudo isso da forma mais dançante possível (salva exceções como Falling Apart, Sunrise to Sunset e Romete, que se apegam a uma produção mais atmosférica). O restante do álbum se apropria de se sintetizadores em loop (usadas sabiamente em Behind Your Shades e de forma extremamente repetitiva em Living on a Tape) e dos vocais arrastados de Frédéric em faixas extremamente coesas dentro da proposta sonora do projeto.
No fim das contas, o maior sucesso do disco é também o que o torna tão batido e comum. Sem dúvida alguma, Chronotropic é um bom disco, desde que você não espere ser surpreendido.
