Resenhas

Rainbow Arabia – FM Sushi

Sem a principal característica de percussões e sons africanos e orientais, a dupla perde seu diferencial perante os demais artistas

Loading

Ano: 2013
Selo: Kompakt/Time No Place
# Faixas: 10
Estilos: Synthpop, Eletrônica
Duração: 36:16
Nota: 2.5
SoundCloud: /tracks/86065972

Tem casamentos que dão certo, como o de Danny e Tiffany Preston, ou do eletrônico com referências musicais exóticas como percussões africanas e orientais. Porém, se o relacionamento entre o casal por trás do Rainbow Arabia se mantém firme e forte, no som que fazem houve uma separação. O diferencial entre tantos sons eletrônicos da cena Indie que conhecemos e que a dupla apresentava se foi, e não se faz presente nas faixas de FM Sushi.

Num mundo tão saturado que é o musical, gerar um diferencial – desde que seja valorizado por um público – é algo essencial para se destacar entre tantas opções “mais-do-mesmo” que encontramos. Se antigamente, em seus trabalhos anteriores, o Rainbow Arabia trazia os elementos musicais orientais e africanos, tão elogiados pelos diferentes cantos do mundo, para perto de nós ocidentais, em seu novo trabalho a dupla parece ter renegado esse passado e apresenta um Synthpop oitentista que mesmo redondo não se mostra relevante e forte perante tantas opções já consolidadas e que já estamos acostumados a ouvir aos montes.

A entrada de Dylan Ryan, da Cursive, na bateria pode ter sido um fator para essa alteração no som do duo, agora trio. Continuar com essa nova identidade sonora provavelmente fará do Rainbow Arabia apenas mais um na multidão, mesmo que ainda resultando em um trabalho tido como “okay”. Tal mudança poderá acabar frustrando os fãs antigos, que tinham em suas músicas a identificação com a mistura exótica e interessante, e não surpreendendo os novos ouvintes, que encontrarão apenas mais uma opção entre tantas outras.

Loading

BOM PARA QUEM OUVE: Flamingods, Gang Gang Dance, Metric
MARCADORES: Eletrônica, Synthpop

Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).