Resenhas

The Range – Superimpose EP

Faixas servem como trilha sonora para documentário de mesmo nome sobre o álbum “Potential”

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Ano: 2016
Selo: Domino Recordings
# Faixas: 7
Estilos: Electro Pop, Hip Hop Instrumental e Dubstep
Duração: 27 min
Nota: 3.0
Produção: James Hilton

Superimpose não é exatamente um EP, mas um compacto que une as faixas presentes na trilha sonora do filme de mesmo nome que conta todo o processo de produção de Potential, disco lançado pelo produtor norte-americano The Range ainda no começo deste ano.

Como tal, o EP está bastante atrelado à obra que o gerou, sendo um fruto direto e indissociável dela. Sozinhas, as músicas são boas, mas funcionam melhor quando estão em contato com o vídeo e com as potentes histórias apresentadas no documentário de cerca de 27 minutos. Se você não é familiarizado com o processo de produção de The Range, uma breve explicação pode deixar ainda mais interessante essa obra e sua predecessora.

James Hilton (nome do criador do projeto) busca as vozes de seu disco em vídeos obscuros do YouTube. Obscuros no sentido de terem pouquíssimos views. É uma verdade obra de garimpo achar artistas talentosos através do site, que nunca tiveram seu talento reconhecido ou souberam como alcançar mais pessoas com suas músicas. O trabalho do produtor é reunir esses vocais do YouTube com suas batidas eletrônicas que não são exatamente tão inovadores assim – é bem capaz de você reconhecer diversos estilos comuns na música eletrônica de hoje, como Electro Pop, Hip Hop Instrumental e Dubstep em suas produções. A grande inovação na música de Hilton é alma que se consegue trazer ao projeto ao trazer esses feats de ilustres desconhecidos.

O filme e sua trilha trabalham ainda mais essa ideia, apresentando um pouco mais dos protagonistas de Potential. O que torna a obra original ainda mais rica e impactante, mas não faz exatamente que sua trilha sonora se sobressaia. Como já dito, quando as faixas estão conectadas com as imagens do curta, elas potencializam o filme, mas quando sozinhas pouco mais são do que versões das que já foram vistas no álbum ou trilhas instrumentais bastante cinemáticas, que podem ser imaginadas em outros contextos, mas sempre ligadas ao audiovisual.

Se for optar por ver o filme ou ouvir o EP, escolha pelo documentário – e é claro, volte à obra original com esta nova bagagem, certamente, ela ganhará um sentido ainda mais rico depois disso.

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts