Resenhas

The Ting Tings – Sounds from Nowheresville

Banda inglesa desacelera um pouco seu passo para o segundo disco, com ótima abertura e encerramento, mas sem surpreender ou empolgar muito nas outras oito faixas que compõe a obra, o que resulta em um álbum desequilibrado

Loading

Ano: 2012
Selo: Columbia
# Faixas: 10
Estilos: Indie Pop, Dance
Duração: 34'
Nota: 2.5
Livraria Cultura: 29529806

Em seu segundo trabalho, a dupla britânica The Ting Tings desacelera um pouco da energia do disco anterior, We Started Nothing (2008), e cria uma obra não muito regular ou divertida, mas com alguns bons momentos.

Sounds from Nowheresville foi gravado na Espanha e traz uma energia mais sóbria e menos explosiva que seu antecessor. As dez faixas passam rapidinho, em pouco mais de meia hora, e tudo dá a impressão que o disco foi feito na medida certa para não ser cansativo.

Logo na terceira faixa aparece uma sequência matadora, com Hang it Up (o primeiro single tirado do álbum) e sua gêmea-siamesa Give it Back. As duas parecem partes 1 e 2 da mesma música, com guitarras mais pesadinhas e aquela cara de hit que eles fazem tão bem.

Infelizmente, a maior parte das outras canções não tem muitos atrativos. Elas tocam um Indie Pop com influência de Dance, uma vibe meio CSS (aliás, se você disser a um desavisado que é a Lovefoxxx que está cantando, é provável que ele acredite), em composições que logo acabam caindo no esquecimento e/ou na irrelevância.

Vale a pena ressaltar duas faixas: Silence, a de abertura e segundo single, que soa muito mais grandiosa que as outras, em uma pegada mais New Wave, e In Your Life, o encerramento com um belo violoncelo acompanhando o vocal mais dark, bonita e totalmente deslocada do resto do disco.

Dessa forma, a The Ting Tings conseguiu criar um álbum que podemos classificar como “mediano” justamente pelo equilíbrio de ter pontos tão altos e outros tão baixos. Vale mais a pena comprar as músicas avulsas no iTunes.

Loading

BOM PARA QUEM OUVE: Metronomy, CSS, Copacabana Club
MARCADORES: Dance, Indie Pop, New Wave

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.