Resenhas

Young Galaxy – Ultramarine

Ainda com seus sintetizadores, quarteto confirma nova sonoridade que mistura o Synthpop e Dream Pop que começou a ser criada no trabalho anterior

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Ano: 2013
Selo: Paper Bag Records
# Faixas: 10
Estilos: Dream Pop, Synthpop
Duração: 39:49
Nota: 3.0
Produção: Dan Lissvik

O novo disco, Young Galaxy vem como uma proposta interessante e aventureira. Se antes tínhamos um som mais apegado ao tradicional Dream Pop, agora em Ultramarine vemos faixas que trabalham com elementos de Synthpop e até mesmo Disco. Um disco não homogêneo, mas sem que isso se torne um fator negativo para a obra.

Dos quatro álbuns do quarteto canadense, podemos agora, com o lançamento de Ultramarine, perceber uma nova tomada de rumo sonoro. Se no disco de estreia homônimo e em seu segundo trabalho, Invisivle Republic, víamos influências mais claras do Dream Pop original, em Shapeshifting, de 2011, percebemos uma mudança na sonoridades do grupo que perdura até o atual álbum. O resultado apresentado é um leve tendência New Wave oitentista, que mistura o clima mais denso, mas ao mesmo tempo delicado e humano, à linhas de sintetizadores.

Ao iniciarmos a obra, temos o single Pretty Boy, que mostra muito bem a sintetização dos elementos da nova “cara” da banda, juntamente com uma letra mais introspectiva e dolorosa, ainda que positiva(”When we were lost/We found each other (…)And I know you feel isolated/And I feel what you won’t say/I don’t care if the disbelievers don’t understand/You’re my pretty boy, always” [“Quando nós estamos perdidos/Nós achamos um ao outro(…)E eu sei que você se sente isolado/E eu sinto o que você não vai dizer/Eu não ligo se os desacreditados não vão entender/Você é o meu garoto, sempre.”]) Ainda percebemos os sintetizadores em meio à camadas, porém menos etéreos que nos primeiros discos.

Outras faixas do álbum merecem destaque como Out The Gate Backwards, que surge com notável influência da Disco Music e pode indicar novos rumos da banda, visto que o gosto pela experimentação eletrônica e dançante vem se mantendo. In Fire possui força nos vocais de Catherine durante o refrão, deixando a faixa com uma cara de New Wave dos anos 80.

Ultramarine é coeso, não apresentando falhas ou rupturas. Outro ponto forte é a solidificação desse novo ar eletrônico da banda, deixando de lado seu apego às raízes como vemos nos primeiros trabalhos. No geral, o quarteto canadense amplia sua discografia com um disco que não arregala olhos, mas soa bem ao ouvidos.

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BOM PARA QUEM OUVE: Blue Hawaii, Indians, CHVRCHES
ARTISTA: Young Galaxy
MARCADORES: Dream Pop, Synthpop

Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).